Review: “Water for Elephants” é um espetáculo envolvente

NCTimes:

“Água para Elefantes” é em parte uma complicada história de amor, em parte, uma história de sobrevivência. Ele começa com as lembranças de um homem velho, quando Jacob Jankowski (Hal Holbrook) conta a um jovem que trabalha no circo sobre suas próprias aventuras da era da Depressão, sob a grande tenda.

Ele não participa do show por impulsos românticos ou por causa da vida animada. A carreira bem planejada de veterinário que ele esperava foi torpedeada por uma tragédia familiar. E o primeiro trem que ele poderia pegar calhou de estar carregando trabalhares, um zoológico, uma linda performista, Marlena (Reese Witherspoon), e seu marido possessivo, o dono do circo e mestre do show, August (Christoph Waltz). É aí que entra o romance e, também, o drama da sobrevivência.
Jacob com uns vinte e poucos anos (Robert Pattinson, aparentando bem melhor, bronzeado e sorridente do que ele aparece na série “Twilight”) recebe um curso intensivo de etiqueta do circo. Os trabalhadores odeiam os artistas, o trem não pára enquanto homens surrados são lançados fora, as bailarinas gostam de seduzir rapazes virgens e os animais produzem quantidades assombrosas de estrume. Com o antigo comando ‘Mantenha Suas Mãos Longe da Mulher do Chefe’, ele é respeitoso. Pelo menos no início.

Uma adaptação de aparência cara do best-seller de 2006 de Sara Gruen, “Water for Elephants” equilibra o brilho colorido de um espetáculo com o realismo atmosférico que exige um rico drama. Os personagens laterais são estereótipos piegas, mas o trio principal está bem desenvolvido.

Witherspoon, fazendo sua melhor performance desde o seu premiado papel ganhador de Oscar por “Walk the Line”, é uma mulher decente, obediente que luta contra seus sentimentos pelo gentil e bonito amante dos animais, Pattinson. Waltz dá o seu papel profundidade surpreendente. Ele é uma personalidade dominante, sombreado por crueldade, mas você não quer cutucar ele nos olhos. Ele tanto pode ser cruel e amável, e quando ele age de forma violenta, ele se arrepende. Após bater violentamente em Rosie, o elefante e nova atração do circo, ele fica envergonhado por ter perdido o controle e envia suas melhores garrafas de uísque como desculpa.

Mas há algumas infrações que não podem ser desculpadas, e Marlena e Jacob se encontram em uma dança na precária corda bamba do desejo reprimido. Sua atração animal, espelhada nos shows com os animais treinados, finalmente cria resultados catastróficos. Esta é uma história com um final feliz e muitos finais infelizes.

O diretor Francis Lawrence, que trouxe um detalhado e rico sentimento aos mundos de fantasia de “I Am Legend” e “Constantine”, está em casa em meio ao igualmente artificial tom de um circo 1930. Ele trabalha em uma terra nova aqui, no entanto. As cenas do espetáculo, acrobatas cintilantes e domadores de leão são poucas. O foco do filme é sobre a interação entre o drama de seus atores principais, filmados em adoráveis close-ups.
A figurinista de Witherspoon fez um ótimo trabalho a enfeitando com chamativos trajes teatrais e elegantes vestidos de Jean Harlow para noites românticas na cidade; seu cabeleireiro deixou seus cabelos como uma névoa de platina sedutora. Pattinson parece melhorar à medida que o filme avança, indicando mais no começo, mas gradualmente relaxando em seu personagem ingênuo e desajeitado. E o infinitamente divertido Waltz vai além de seu monstro gentil para criar um personagem que merece admiração e pena, bem como desprezo.

Mesmo que o seu gosto de circo tenha mais a ver com o Soleil do que o Ringling, há muita coisa para se gostar.

“Water for Elephants”

3.5 estrelas (de um total de 4)

Via