Alex Meraz fala sobre Twilight e seu amor pelo México

Alex Meraz – Um Lobisomem muito sexy em “Crepúsculo (Twilight)

O cara mais odiado da série “Crepúsculo” (Twilight) é, sem dúvida, Paul, o mais volátil do bando de lobisomens. Ele é interpretado por Alex Meraz, um ator nascido nos EUA, filho de pais mexicanos, que é um artista marcial. A co-estrela do filme de sucesso visitou o México para fazer parte das comemorações do Dia dos Mortos.

Sabendo que que ele estava vindo ao México … O que foi a primeira coisa que você colocou na sua mala?
“A primeira coisa que eu coloquei na minha mala? Não sei, cuecas? (risos) não foi muita coisa, porque eu só vim por dois dias, então eu não guardei nada diferente ou emocionante, apenas uma jaqueta porque eu li na internet que ia estar frio, mais que na Califórnia, e era isso. “

Você gosta do México?
“Eu amo, é a minha terra, eu passei muito tempo no México, em diferentes partes, como Puerto Vallarta e Cancun. Minha família, minha mãe e meu pai são de Michoacan, então a única expectativa que eu realmente tenho é visitar o Museu de Antropologia, para ver alguns elementos tradicionais como o calendário asteca, e alguma coisa da arte do pintor José Clemente Orozco, que eu sei que eles estão exibindo, Eu gostaria de ver um pouco da arte em geral.”Alex ressalta o quão bela é a cultura de seus pais a qual diz amar intensamente.
“Eu amo este país, seu povo é tão maravilhoso, mas acima de tudo, a cultura, a comida, a música, eles têm tudo, é ótimo poder vir em um momento tão familiar como é o dia dos mortos, porque é uma festa muito bonita, espero ter a chance de voltar” diz ele, enquanto ele fica mais confortável na grande cadeira.

O que significa ser parte da Saga Crepúsculo?
“Ela mudou minha vida, foi completamente inesperada a forma como veio, eu tinha a esperança de ser o ator principal em um filme, mas não esperava receber a oportunidade de participar de três filmes, apesar do papel ser pequeno, e que os projetos tivessem tanto sucesso, o que me dá a oportunidade de participar de outros filmes. “

No que esta Saga contribui ao cinema?
“Mais que a fascinação por vampiros, encanta pelos antropomorfos. Tudo que pode se transformar em animal, porque eu acho que nós precisamos pensar que podemos nos transformar em algo maior do que nós, além do romance, que envolve uma história de amor em que se ama uma besta, existem muitos elementos, mas no final de tudo é tudo sobre uma história de amor. “

Poderia comparar com a história de Bram Stoker, Drácula?
“É uma história que criou, em sua maioria, todo o fanatismo pelos vampiroso. A verdadeira natureza de ‘Crepúsculo’ é a história de amor que vai e vem, mas atualmente se encontra na moda, sem dúvida eu tenho sorte de fazer parte disso, e tenho certeza que em 10 anos vai ser outra coisa, alguma outra forma de vampirismo, mas com uma história de amor. “

Você ainda está envolvido na Saga?
“Eu vou participar do próximo filme, ‘Amanhecer’, que já começou a ser filmado e minha parte vou começar no prazo de três meses, então eu vou ter um pouco de férias. Não sei muito, porque eu não li o script, então eu não sei em qual parte do romance vai se concentrar, porque é um grande livro e há coisas que estavam pendentes para o meu personagem em ‘Eclipse’, por isso não tenho muitas expectativas, pelo que está aqui, eu farei.”

O que você espera do trabalho de Guillermo del Toro?
“Apenas que será algo diferente, levar o seu livro ao cinema vai ser muito legal, porque eu amo seus filmes e eu estou esperando. Eu adoraria trabalhar com ele e Alejandro González Iñárritu, eu acho que ‘Amores Perros’ é um filme maravilhoso, há um monte de diretores mexicanos ótimos, e eu adoraria trabalhar com eles, eu tenho certeza que existem muitos desconhecidos que farão coisas ótimas “

Ele continua: “um dos meus objetivos é fazer um filme com produção mexicana, em espanhol, eu tenho que praticar. O cinema mexicano é fantástico, tem alguns dos melhores filmes que eu vi, os que eu pude ver são de diretores que vieram para Hollywood e fizeram um ótimo trabalho, como ‘Children of Men’, ‘Y Tu Mama Tambien’ que são excelentes ao contrário dos Estados Unidos que produzem filmes exclusivamente para o mercado, mas os diretores mexicanos têm tanta cultura e muito coração.”

Conte-nos algo mais de suas raízes mexicanas?
“Eu sou a primeira geração da minha família que é americana, o meu pai estava na prisão durante muita parte da minha infância, então eu não tive a oportunidade de conhecê-lo muito bem, mas minha mãe, eu vi como ela se empenhou para conseguir seu green card e viver legalmente, como aprendeu a história dos Estados Unidos, escrever seu nome em Inglês para pagar as contas, eu experimentei tudo isso, e há muitas coisas do México com as quais eu cresci.”

“A única parte triste de mim é que eu não tenho espanhol como primeira língua, não a cultivei porque é difícil, a idéia nos EUA, especialmente no Arizona, com todas as coisas loucas que estão acontecendo com a imigração, e os mexicanos vêm aqui tentando se encaixar, eu estava em um programa de uma Escola de Ligua Inglesa para ter o inglês como minha segunda língua, eu tive estes programas porque eu não entendia Inglês quando eu era pequeno, então eu tive que aprender tudo, eu lembro que era muito difícil, tentando me encaixar, ser branco, não queria que a migração me retornasse, era como estar em uma espécie de gaiola de ouro”, confidenciou.

Você está preocupado com a violência que existe no México?
“Não, isso não me preocupava sobre vir, houve mais violência em zonas de fronteira como Nogales, Juarez e Monterrey, mas na Cidade do México eu  não ligo muito. Há violência em todo lugar, eu vivo em Los Angeles e não há problemas. Filmei no Peru e fui para o Brasil e eles também sofrem com isso, há muita violência em todo o mundo.

Fonte: revistaq